SÁBADO À NOITE - Episódio 5 - Derrubou tem que lamber.

Chegou um novo sábado e depois de um domingo muito gostoso a galera se juntou na casa de Manu para mais uma reunião de amigos, regada a muita bebida, quitutes, risadas e filme - que ninguém assistia - com o motivo que a família de Manu havia viajado e a casa seria somente deles.

Manu, Douglas, Glaycon, Hugo, Amanda, Karina, Val, João Everton, Aline, Junior e sua irmã Jane chegaram, quase, todos juntos pois se encontraram no supermercado antes de irem para a casa de Manu para abastecer a noite. Esse sábado tinha um motivo especial que era a comemoração do aniversário de Aline, porém, por este motivo ela e João Everton foram embora da reunião antes da meia noite, para não perderem seus respectivos ônibus e Aline poder chegar em casa.

A cada sábado que passava eles pareciam aumentar a quantidade de bebidas e manter os alimentos. Mais uma vez eles receberam a visita da erva amiga 'Taty'. Nem todos eles deram 'um pega', mas os que não fumavam, bebiam. Em pouco menos de duas horas já estavam todos muito altos e alegres, dançando ao som nostálgico de Angélica, fazendo performances com Beyonce, Madonna e Britney.

Douglas mantinha na cabeça uma blusa azul amarrada pelas mangas que lhe servia de cabelo, Manu usava um sapato preto de dança flamenca, fazendo barulho pelas escadas e um de seus figurinos que lhe fazia parecer um cabide ambulante, Hugo e Junior por mais que dançassem ou pulassem não largavam seus copos sempre cheios, e nenhuma gota de dentro deles alcançava o chão.

A certo horário da madrugada as garrafas já estavam vazias e restava apenas um único copo de 300ml, descartável, na geladeira, com "maria-mole", uma bebida que se faz misturando conhaque e contini. Junior e Hugo foram até a cozinha pegar esse último e salvador líquido da noite. Quando Junior pegou o copo Val passou da cozinha em direção ao banheiro e derrubou todo o conteúdo do copo no chão:

AAAAhhhhhhhh

O que a gente faz Hugo, esse é o último copo???

Vamos criar agora uma regra contra o desperdício. Derrubou tem que lamber!!!

Os dois ajoelharam-se no chão e começaram a sugar o máximo que podiam do líquido no chão, os demais vieram presenciar a cena e caíram na gargalhada ao saber da nova regra. Os dois tomaram até a última gota.

Vou derrubar vinho na calça de um boy só pra lamber ele. Hahahahahaha - Comentou Douglas.

Os risos explodiram pela cozinha. Voltaram para a sala onde já estavam dispostos alguns colchões para acomodarem o grupo que dormiria, mais uma vez, unido. Caso dormisse!

Mas faltava alguém ali com eles. Val. Onde estava a Val?!

Manu foi até a cozinha, até o quartinho dos fundos e nada, decidiu então olhar no banheiro. Val estava abraçada ao vaso sanitário, com a cabeça quase enfiada lá dentro, sem os óculos, sua cabeça girava em torno do pescoço:

Eu não sinto meu cérebro!!!

O que Val?!

Eu não sinto meu cérebro!!! Não tô sentindo meu cérebro Manu.

HAHAHAHAHAHAHAHAHA. Gente escuta essa. A Val não está sentindo o cérebro!

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.

E ela nem errou para falar cérebro! HAHAHAHAHAHAHAHAHA

Ao ouvir isso Douglas teve uma crise de riso, a 'Taty' que anteriormente tinha lhe dado sono, agora parecia fazer o famoso efeito do riso, porém de forma desencadeada. Ele ria muito, o suficiente para começar a chorar de tanto rir. Hugo arrastou-o até o banheiro e enfiou sua cabeça embaixo da torneira para tentar diminuir a bebedeira e o ataque de riso. Mas Douglas parecia rir ainda mais devido a situação em que se encontrava, e a cada vez que sua cabeça era levada até a pia ele podia ver o corpo de Val esparramado pelo chão ao lado do vaso, o que fazia com que ele engatasse uma nova risada. Amanda tentava ajudar Hugo mas a cada nova risada de Douglas ela também se deixava cair no riso.

Quando a situação parecia controlada voltaram para a sala e deitaram-se nos colchões e sofás...

Ó o galo!!! Vocês ouviram??!?

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.

Sério, vocês... shiii... vocês ouviram o trem?!

Douglas, menos né, o trem está muito longe.

Sério Manu, acho que eu ouvi o trem... vou dormir!

Viraram-se para o lado e adormeceram em questão de segundos. Val acordou junto de seu fiel companheiro, o vaso sanitário, que não a desamparou em nenhum momento daquela madrugada. Quando os demais acordaram o café já estava pronto e a dor de cabeça já atingia o mais fracos.

Que chegue o próximo sábado para que eles possam rir de tudo que passaram essa noite.

Dorian