4.03.2009

Sob a luz do luar.

Carlos e Bruno estavam à alguns meses juntos, formavam um casal muito bonito, dois sorrisos radiantes que nunca sumiam de seus rostos, principalmente quando estavam juntos. E como era bom estarem juntos, sentir o calor do outro, ouvir sua voz!

Foram passear com alguns amigos naquele dia, foram a uma feira de artesanato. Para Carlos era muito estranho estar entre as pessoas de mãos dadas com seu namorado, mas procurava agir com muita naturalidade. Bruno sentia-se muito feliz de ter colada à sua mão, o seu namorado.

Conversaram muito, beberam, riram e viram muitas pessoas conhecidas. Divertiram-se muito. A energia daquela noite estava muito boa e os dois sentiam, como sempre, que se desejavam. Todos decidiram voltar para suas casas devido ao horário, mas os dois queriam ficar juntos aquela noite, queriam ficar juntos pra sempre. Carlos ligou para sua irmã e pegou com ela o telefone de um motel que ela visitara uns dias atrás.

E para lá que eles foram, sem pensar 100% no amanhã, o que importava era estarem juntos no hoje, no agora. Entraram no quarto do motel, se beijaram, e Bruno foi apertar os botões do display da cama, ele adorava saber se havia algo de inovador ali. Quando apertou o último botão ficou de boca aberta, uma placa de fibra de vidro no teto deslizou para a lateral, abrindo-se e dando espaço para a imensa e brilhante lua cheia que encantava o céu daquela noite.

Os dois se olharam sorrindo e Carlos deitou em cima de Bruno beijando-o e sendo banhado pela luz da lua. Despiram-se com calma. Bruno fitava o corpo de Carlos iluminado pela luz prateada que invadia o quarto, seus cabelos negros ficavam ainda mais belos com aquela luz que o invadia. Fizeram amor recebendo aquele presente da noite, recebendo um beijo da lua, energizando seus corpos. Olhavam-se e acariciavam-se.

Depois de um longo tempo deitados apreciando sua companheira naquela noite resolveram ir para a hidro, que já estava cheia, onde acabaram adormecendo imersos na água relaxante e no calor de seus corpos apaixonados. Antes de Bruno adormecer ainda pode apreciar por alguns minutos, algo que sempre fazia, o corpo de seu amante já adormecido em seu peito, beijou-lhe a testa e sentiu-se feliz, muito feliz, por amar Carlos e saber o quanto era amado.



Hugo Zanardi

Um comentário:

  1. Olá Hugo, tudo bem?
    Obrigado pelas palavras em meu blog e por ter colocado um link aqui. Estarei fazendo o mesmo, mas não pense que é por simples retribuição. Seus textos são muito bons e é um prazer colaborar com pessoas que não têm medo de dizer o que pensam e não se deixam influenciar pelas convicções desta nossa sociedade hipócrita. Manter um blog com temática gay não é para qualquer um.
    Por outro lado, fiquei profundamente triste com o que aconteceu com seu amigo.É revoltante demais! Este tipo de coisa nos mostra o quanto estamos desamparados. Mas não podemos baixar a cabeça ou não sairemos do lugar.Espero que seu amigo já tenha se recuperado do susto.
    Voltarei aqui outras vezes para acompanhar as loucurinhas da turma do "sábado a noite" (nossa, que coincidencia não?). Mais um pouco seriam obras homônimas...
    Sucesso pra vc tb!
    Grande Abraço!

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