5.20.2009

Um ano depois.

Após um dia de muita excitação, ajustes, ligações e organização Bruno parou seu Kadett azul em frente ao escritório onde seu querido Carlos trabalhava.

18 horas. Carlos despediu-se de todos, pegou sua mochila, já estava preparado para sair, só não sabia para onde iriam. Saiu do escritório e lá estava o
Kadett azul, muito bonito e que trazia algo bem mais bonito em seu interior.

Ele apareceu na porta do prédio, o sol ainda estava no céu daquele dia, seu cabelos negros brilharam, ao ver o carro sorriu. Como seu sorriso é lindo! O sorriso. Estava tão lindo quanto sempre em seus trajes sociais de 'mocinho correto'. Entrou no carro. Bruno rapidamente lhe roubou um beijo. Carlos ficava muito desconcertado com isso, tinha receio que alguém visse a cena. Bruno gostava de vê-lo assim perdido. Deu a partida e seguiram rumo marginais para por fim pegar a Raposo Tavares. Conversavam sobre o dia e Carlos não se deu ao trabalho de perguntar onde estavam indo.

O
Kadett entrou em um motel. Ao apresentar os documentos a recepcionista disse:

Ah, sr. Bruno, só um minuto!

Como assim sr. Bruno? De onde ela já te conhece??

Hahaha... Ai 'Cal' como você é bobo!!

A recepcionista trouxe as chaves e disse estar tudo certo. Entraram na suíte 35. Desceram do carro, Bruno esperou Carlos contornar o carro. Beijou-o. Pegou Carlos no colo. Subiu o pequeno lance de escadas com ele no colo e abriu a porta.

Um cheiro de rosas vermelhas invadiu o ar. Carlos visualizou o quarto que Bruno reservara e ficou extasiado. O quarto era muito grande e estava decorado com muitas pétalas de rosas vermelhas por todo o chão e espalhadas pela cama, que tinha um véu leve cobrindo o seu entorno, dois incensos serpenteavam finas fumaças perfumadas. No centro da cama havia uma bandeja com um balde com gelo e um champagne, duas taças, uma pequena caixa de veludo, um cartão e uma foto dois dois em uma bela moldura de mesa. A banheira também estava cheia e pétalas boiavam sobre a água. Tudo ali indicava o motivo da recepcionista conhecer tão bem Bruno. Ela deve ter feito parte de todo aquele plano. Os olhos de Carlos se encheram d'agua.

Bruno levantou o véu da cama e prendeu-o na lateral, sentou-se na cama e fez sinal para que Carlos se juntasse a ele. Abriu o champagne, serviu os dois copos, entregou um a Carlos que já sentava ao lado da bandeja ainda surpreso com tudo. Olharam-se profundamente nos olhos.

Obrigado 'Cal'!

Para de graça 'mor', eu que tenho que agradecer. Esta tudo incrível aqui, nossa... eu nem sei...

Obrigado por me aguentar durante esse um ano que estamos juntos. Ao nosso futuro!

Ao nosso amor porque nós somos o máximo!

Brindaram e beberam. Se beijaram. O beijo! Dizia tudo, expressava num gesto o que cada palavra poderia deixar em dúvida.

Bruno entregou o cartão a Carlos, enquanto lia pegou um outro pacote e pôs sobre a cama.

"Sempre que o vejo, meu coração para de funcionar por alguns segundos, você é muito importante pra mim.
Meus olhos brilham quando o vejo, e sinto um brilho em seu olhar.
O toque do seu lábio é intenso e o seu beijo é mágico e apaixonante.
Acordo pensando em você, e durmo pensando em você, meu coração aperta quando ficamos longe. Ao pensar em você eu tenho certeza que você é um presente divino e que te amo!
Seu eterno Bruno."

As simples palavras do cartão deixaram Carlos muito emocionado. Sobre a cama ainda havia um pacote com uma camiseta, um DVD e ingressos para o show da cantora preferida de Carlos, Luciana Mello. Ao abrir a caixa de veludo deparou-se com um par de alianças de prata. Uma lágrima escorreu. Ficou completamente sem reação. Bruno pegou um delas, segurou a mão de Carlos e colocou a aliança em seu dedo. Carlos fez o mesmo. Beijaram-se. Carlos entregou para Bruno seu presente. Uma camiseta super bonita de grife e um DVD. Não imaginava que seu 'mor' faria tudo aquilo, mas não se importavam o amor envolvido ali era o mais forte.

Beijaram-se, se amaram, entregaram-se um ao outro, aquela noite era especial, estavam a um ano juntos, oficializaram mais ainda a relação, fizeram uma aliança, se aliaram, se amavam. Cada beijo foi intenso naquela noite, cada toque, cada respiração era intensa, os
sussurros no ouvido vinham repletos de palavras de carinho, os beijos no pescoço incendiavam a cama, as mãos percorrendo os corpos, as coxas, barriga, braços, o calor dos corpos em contato, o suor que escorria sutilmente, as mãos passando pelos cabelos, acariciando o rosto, buscando as costas do parceiro, o desejo de ter o outro junto, cada olhar. Amor! Fizeram de uma forma diferente, se amavam sim, mas nesse noite tudo parecia mais especial. Um ano juntos, tantas situações, tantos casos, tantos causos.

Dormiram abraçados, Carlos deitado no peito de Bruno, cansados, satisfeitos, felizes, realizados como era bom estarem juntos. Aquele momento duraria até a tarde do dia seguinte pelo acordo que Bruno fizera com o motel. Poderia durar eternamente. Era isso que Bruno queria, dormir todas as noites com Carlos em seu peito, sentir seu calor todas as noites, assim Carlos queria ficar sempre, protegido, amado. Amados!



Hugo Zanardi

2 comentários:

  1. Ai... será que algum dia eu vou escrever uma carta assim??

    =(

    Só uma dúvida... essas histórias são reais???
    Adorei sua visita no último post! Obrigado pelos elogios q me fez por lá!


    Abço ^^

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